Pontos
de identificação nos veículos asseguram sua procedência e garantem que não se
trata de um automóvel roubado ou furtado.
Muitos
veículos roubados e furtados caem nas mãos de quadrilhas especializadas em
fraudes de sinistros. Para coibir essas ações, o CONTRAN (Conselho Nacional de
Trânsito), por meio da Resolução 691/88, determinou a introdução de novos
pontos de identificação nos automóveis. A partir de então, todos os veículos
nacionais passaram a sair das fábricas com três etiquetas adesivas (na coluna
da porta, no assoalho sob o banco do passageiro e na coluna do amortecedor).
Atualmente, a etiqueta do assoalho foi excluída.Se visualizadas com uma lanterna especial, as etiquetas apresentam figuras que garantem sua autenticidade. Os quatro vidros laterais e o vidro traseiro também trazem o número de identificação, que é opcional no pára-brisa. Tanto as gravações nos vidros como as etiquetas possuem os últimos oito dígitos do chassi. Vale ressaltar que hoje a gravação é obrigatória apenas nos dois vidros laterais. Os veículos que, a partir dessa determinação, não possuírem as gravações nos vidros, ou se as mesmas estiverem rasuradas, podem ser de procedência duvidosa.
B - País (B- Brasil)
D - Fabricante
1 à 6 - Modelo e versão
W - Ano de Fabricação
1 à 7 - Nº de série do chassi
Data de fabricação ajuda a identificar veículo
Ainda por uma definição do CONTRAN, Resolução 659/85, ficou regulamentado que o VIN (Número de Identificação do Veículo) deve ter dezessete caracteres, divididos em WMI (Identificação Mundial do Fabricante), VDS (Seção Descritiva do Veículo) e VIS (Seção Indicadora do Veículo). Na WMI, são indicados o Continente, o País de origem e o fabricante. Algumas montadoras, na VDS, indicam o modelo, as características do motor, o tipo da carroceria, a quantidade de portas e o tipo de combustível, servindo de base para uma análise mais profunda de uma possível fraude de sucatas e documentos.
Na
VIS, são indicados o ano de fabricação do veículo e a série do chassi, que
pode, às vezes, ajudar a detectar alguma irregularidade. A partir de 1998, os
veículos de modelo 99 passaram a sair com o décimo dígito do número do chassi
indicando o ano de modelo e não o de fabricação.
DESCRIÇÃO DO CHASSI
9 B D 1 7 8 2 2 6 W 1 2 3 4 5 6 7
9
- Região geográfica(Brasil)
Para
uma análise superficial do número do chassi, é importante estar atento ao
alinhamento e ao espaçamento dos caracteres, pois no chassi original as letras
e os números são eqüidistantes, ou seja, afastados pela mesma distância.
Os
vidros podem contar um pouco sobre o passado do veículo ou até mesmo auxiliar
na detecção de fraudes. Dependendo do fornecedor, é possível saber qual a data
de fabricação, analisando os códigos que aparecem nos vidros. Sob as palavras
MADE IN BRAZIL, e TRANSPARÊNCIA ou INDÚSTRIA BRASILEIRA existem pontos que, na
verdade, são códigos que identificam a data de fabricação do vidro. Com o
auxílio de uma tabela, é possível decodificar essa data. Além disso, podem
aparecer pontos e número (ex.: ....9) ou número e letra (ex.: 8D).
Se
um veículo tiver um vidro da porta dianteira esquerda trocado, por exemplo,
algumas hipóteses podem ser levantadas, tais como uma colisão, tentativa de
furto do veículo ou de seus acessórios. A data do emplacamento e as datas de
fabricação que estão presentes no bloco do motor, radiador, farol, na lanterna
e outros também auxiliam para uma melhor análise do veículo.
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