domingo, 23 de março de 2014

PONTOS DE IDENTIFICAÇÃO - AUTOMÓVEIS

Pontos de identificação nos veículos asseguram sua procedência e garantem que não se trata de um automóvel roubado ou furtado.

Muitos veículos roubados e furtados caem nas mãos de quadrilhas especializadas em fraudes de sinistros. Para coibir essas ações, o CONTRAN (Conselho Nacional de Trânsito), por meio da Resolução 691/88, determinou a introdução de novos pontos de identificação nos automóveis. A partir de então, todos os veículos nacionais passaram a sair das fábricas com três etiquetas adesivas (na coluna da porta, no assoalho sob o banco do passageiro e na coluna do amortecedor). Atualmente, a etiqueta do assoalho foi excluída.

Se visualizadas com uma lanterna especial, as etiquetas apresentam figuras que garantem sua autenticidade. Os quatro vidros laterais e o vidro traseiro também trazem o número de identificação, que é opcional no pára-brisa. Tanto as gravações nos vidros como as etiquetas possuem os últimos oito dígitos do chassi. Vale ressaltar que hoje a gravação é obrigatória apenas nos dois vidros laterais. Os veículos que, a partir dessa determinação, não possuírem as gravações nos vidros, ou se as mesmas estiverem rasuradas, podem ser de procedência duvidosa.
Chassi indica características

B - País (B- Brasil) 
D - Fabricante 
1 à 6 - Modelo e versão 
W - Ano de Fabricação 
1 à 7 - Nº de série do chassi

Data de fabricação ajuda a identificar veículo

Ainda por uma definição do CONTRAN, Resolução 659/85, ficou regulamentado que o VIN (Número de Identificação do Veículo) deve ter dezessete caracteres, divididos em WMI (Identificação Mundial do Fabricante), VDS (Seção Descritiva do Veículo) e VIS (Seção Indicadora do Veículo). Na WMI, são indicados o Continente, o País de origem e o fabricante. Algumas montadoras, na VDS, indicam o modelo, as características do motor, o tipo da carroceria, a quantidade de portas e o tipo de combustível, servindo de base para uma análise mais profunda de uma possível fraude de sucatas e documentos.
Na VIS, são indicados o ano de fabricação do veículo e a série do chassi, que pode, às vezes, ajudar a detectar alguma irregularidade. A partir de 1998, os veículos de modelo 99 passaram a sair com o décimo dígito do número do chassi indicando o ano de modelo e não o de fabricação.
DESCRIÇÃO DO CHASSI

9 B D 1 7 8 2 2 6 W 1 2 3 4 5 6 7
9 - Região geográfica(Brasil) 
Para uma análise superficial do número do chassi, é importante estar atento ao alinhamento e ao espaçamento dos caracteres, pois no chassi original as letras e os números são eqüidistantes, ou seja, afastados pela mesma distância.
Os vidros podem contar um pouco sobre o passado do veículo ou até mesmo auxiliar na detecção de fraudes. Dependendo do fornecedor, é possível saber qual a data de fabricação, analisando os códigos que aparecem nos vidros. Sob as palavras MADE IN BRAZIL, e TRANSPARÊNCIA ou INDÚSTRIA BRASILEIRA existem pontos que, na verdade, são códigos que identificam a data de fabricação do vidro. Com o auxílio de uma tabela, é possível decodificar essa data. Além disso, podem aparecer pontos e número (ex.: ....9) ou número e letra (ex.: 8D).
Se um veículo tiver um vidro da porta dianteira esquerda trocado, por exemplo, algumas hipóteses podem ser levantadas, tais como uma colisão, tentativa de furto do veículo ou de seus acessórios. A data do emplacamento e as datas de fabricação que estão presentes no bloco do motor, radiador, farol, na lanterna e outros também auxiliam para uma melhor análise do veículo.


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